A bicicleta não é apenas uma ferramenta de transporte, mas um meio de emancipação, uma arma de libertação. Liberta o espirito e o corpo das inquietudes morais e das doenças físicas do mundo moderno, da ostentação, da convenção e da hipocrisia aonde a aparência é tudo, mas não somos nada. By Paul de Vivie



quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Pedal noturno para o Canelinha

Ontem queria desde cedo sair pra pedalar. 
Organizei-me para sair lá pelas 19h, sem muito rumo, pois já estou meio sem ideia para percurso. 
Ao organizar a magrela - bolsas e agua - me ocorreu que nunca fui no canelinha a noite. 
Estava sozinho e reticente a ir, mas peguei um caminho - errado , pois este seria a volta - e fui pensando se ia ou não. 
Quando cheguei em Santa Felicidade, decidi ir reto ainda até chegar na Fredolin, pois, aquela subida ou descida que tem mais pra frente é punk até de dia, quem dirá a noite. 
E lá fui eu, ao longo da rua  vendo os postes de luzes acabando, até que no inicio da descida, um breo total, só as luzes dos poucos carros que passavam e umas casas ao longe. 
E foi assim, até chegar na estrada de terra que vai pro Canelinha.
Na estrada de saibro, tudo escuro, calmo e silencioso, uma paz inexplicavel, como disse a minha "tv interna" com 500 mil canais, desligou na hora e so pensava no pedal e em desviar dos buracos.
Seria um mentiroso falando que não me arrependi de ter ido, tinha que ter uma mao a mais, duas para o guidon e outra pro * , pois fiquei com muito receio. 



Não passava uma alma viva, eu solo, no breo, ainda bem que com perna, agua, comida e Graças a Deus, protegido desta insanidade.
Quando cheguei no Canelinha, já estava fechado e deu uma paz, porque vi a luz novamente, fiquei por lá uns estantes, para me recuperar e depois segui sentido Santa Felicidade.
Sim, ainda pra ajudar, fui com a trekzinha

Mais uma vez, um breo danado, com muita pedra solta no caminho e um terreno pesado.
Não consegui subir direito e empurrei uma parte, contudo, tive a mesma sensação anterior, uma calma e tv desligada, sem mil pensamentos e focado na caminhada. 

Logo apos a subida, voltei a pedalar e o movimento de carros aumentaram, ai quando cheguei no asfalto, dei Graças a Deus que não ocorreu nada neste devaneio e segui sentido Manuel Ribas.
Quando cheguei no Condor da Manuel Ribas, recebi um sms da defesa civil que iria chover bastante e tratei de acelerar o passo.
Fiz toda a Manuel Ribas, até o Largo da Ordem, descendo a Muricy e pegando a Westphalen até em casa, ja com uns pingos.
Foi eu trancar a magrela, subir até o apto, abrir a porta e desabou o ceu de tanta chuva.
Definitivamente ontem foi meu dia/noite de sorte...

Porém ao falar com a familia depois de banho tomado e alimentado, levei um esculacho/bronca sem igual.
Com toda razão do mundo, eles estavam certo em primeiro ter ido sozinho, segundo, ir pra lá a noite e também por não ter avisado ou compartilhado a localização. 
Dei toda razão a eles, ouvindo calado e com a cabeça baixa, prometendo que não farei isto mais e se fizer ir em mais gente e compartilhar tudo. 
Agradeço a Deus que nada de mais aconteceu, foi um bom pedal e um otimo desestresse, que quero fazer mais vezes, agora acompanhado.

2 comentários:

  1. Agora lendo seu relato já com o coração aliviado fico sorridente, pq sei o tanto que foi bom e divertido.
    Que bom que aproveitou cada minuto dessa loucura, meu amor....TM!

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